- Camerata de Violões Tatuí e o período barroco

cameratabb A Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí, grupo vinculado ao Governo do Estado de São Paulo e à Secretaria de Estado da Cultura, faz concerto em homenagem ao período barroco. Sob coordenação de Edson Lopes, a apresentação acontece no próximo dia 18 – quinta-feira -, a partir das 20h30, no teatro “Procópio Ferreira”. Os ingressos custam R$ 10 (R$ 5 idosos, estudantes e aposentados).
Em seu segundo concerto da temporada, a Camerata de Violões apresentará obras de Tommaso Albinoni (1671-1750) – “Concerto a Cinque” op. 7, n. 4; Antonio Vivaldi (1678-1741) – Concerto Grosso “L´estro Armonico” op. 3 n. 11, com solo de Edson Lopes; J. Sebastian Bach (1685-1750) e “Concerto Brandenburgues” n. 3 e 6.
Um dos destaques da apresentação é o “Concerto Grosso – L´estro Armonico”, de Vivaldi, obra na qual um grupo de solistas (concertino) dialogo com o resto do grupo. É uma forma estritamente instrumental do período barroco, sendo que a denominação “Concerto Grosso” apareceu pela primeira vez próximo ao ano de 1670 na partitura de uma cantata de Alessandro Stradella. O “L´estro Armonico” (Inspiração Harmônica) trata-se de uma coleção de 12 concertos, que aumentaram em grande parte a reputação de Antonio Vivaldi.
Outro destaque da apresentação são os Concertos Brandenburgues, que são uma coleção de seis peças musicais compostas por Johann Sebastian Bach entre 1718 e 1721, dedicados e apresentados ao príncipe de Brandenburg-Schwedt, Christian Ludwig. São amplamente considerados como expoentes do barroco na música, além de estar entre os clássicos mais populares. Estes trabalhos foram esquecidos na biblioteca do margrave até sua morte em 1734, quando foram vendidos por poucos centavos. Os concertos foram descobertos em arquivos de Brandemburgo no século 19 sendo publicados em 1850. Dos que serão apresentados, o Concerto n. 3 em Sol maior (BWV 1048) é talvez o mais popular de toda a série.
Em suas próximas apresentações, a Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí fará homenagens à música espanhola, música brasileira e aos períodos clássico e romântico.
Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí
No ano de 1996 os integrantes da Orquestra de Violões Corda Toda, formada por alunos e professores do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, decidiram criar um grupo de alta representatividade na instituição. Após seleção interna foi criado o Octeto de Violões do Conservatório de Tatuí.
No ano seguinte, sob coordenação da professora Márcia Patrícia Braga, o grupo passou a se chamar Camerata Octopus de Violão – nome sugerido pelo percussionista Eduardo Gianesella. Sob coordenação de Márcia Patrícia Braga, a Camerata Octopus desenvolveu o projeto “Garoto”, com objetivos de difundir obras do importante compositor brasileiro.
No ano de 1998, já sob coordenação de Edson Lopes, a Camerata Octopus passou a desenvolver projeto de pesquisa e divulgação de compositores brasileiros, buscando a promoção da diversidade de obras escritas para o universo violonístico. Tal projeto culminou, no ano 2000, com o lançamento do CD “Vê Se Te Agrada”. Para promover o CD, a Camerata Octopus apresentou-se em diferentes pontos do Estado de São Paulo e em significativos eventos, entre eles a Semana Guiomar Novaes (1998), Rádio MEC no Rio de Janeiro (1998), Festival de Inverno de Campos do Jordão (1998, 1999 e 2002) e Sala São Paulo (2001).
A partir do ano de 2001, a Camerata Octopus passou a receber solistas, desenvolvendo repertório – especialmente adaptado, transcrito ou arranjado por Edson Lopes – a fim de enriquecer o grupo. Nesse sentido, a Camerata Octopus passou a apresentar-se com violoncelistas, coro, clarinete... A iniciativa foi registrada, em 2006, no CD “Convida”, no qual o violão figurava ao lado de outros instrumentos em grandes clássicos da literatura musical e seus compositores, como o mestre dos mestres J.S. Bach, G. Rossini, A. Vivaldi, C. Saen Sain, Pachebel, Saint-Säens, Pachelbel, Dvorak, sem deixar de fora a brasilidade de H. Villa-Lobos, M. Guerra Peixe, E. Villani-Côrtes, E. Lopes e Zequinha de Abreu, com seu imortal Tico-Tico no Fubá.
No segundo semestre do ano de 2008, a Camerata Octopus foi oficializada como grupo estável artístico-pedagógico do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”. Em 2009 a partir da contratação oficial de músicos, o grupo passou a ser denominado Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí, resgatando e valorizando o nome de sua instituição de origem, tendo Edson Lopes como coordenador.
A representante máxima da área de violão erudito do Conservatório de Tatuí – uma das maiores e mais concorrida da instituição – tem, entre seus objetivos, integrar alunos de nível avançado em trabalhos camerísticos desenvolvidos por profissionais. Esta é, aliás, a filosofia do grupo, mantida desde sua fundação. Nesse sentido, os violonistas Ricardo Grion, Patrícia Nogueira, Adriano Paes e Dagma Eid - todos formados pela instituição – integram a Camerata do Conservatório de Tatuí desde sua fundação, ao lado da violonista Ângela Muner. Quatro alunos-bolsistas de nível avançado também participam das atividades da Camerata de Violões do Conservatório de Tatuí.

Informações: www.conservatoriodetatui.org.br / (15) 32514573
Informações à imprensa: Deise Juliana – (15) 32514573 – rm 220 / (15) 96131922

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