O Hino Nacional Brasileiro é um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, conforme estabelece o art. 13, § 1.º, da Constituição do Brasil e tem a letra de Joaquim Osório Duque Estrada e música de Francisco Manuel da Silva.
A música do hino foi inicialmente composta para banda de música pelo Tenente Antônio Pinto Júnior tendo a orquestração de Antônio de Assis Republicano. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno sendo proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-instrumentais do hino. A propriedade plena e definitiva da letra do hino foi adquirida por 5:000$ (cinco contos de réis), pelo decreto n.º 4.559 de 21 de agosto de 1922 pelo presidente Epitácio Pessoa e oficializado pela lei n.º 5.700, de 1 de setembro de 1971.
Pintura de Augusto Bracet retrata Dom Pedro I em 1822 compondo o Hino Nacional, hoje Hino da Independência.
Sobre a composição, chamada inicialmente de "Marcha Triunfal", composta para comemorar a Independência do país, recebeu duas letras. A primeira letra, composta quando Dom Pedro I abdicou do trono, tendo a autoria de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, sendo cantada pela primeira vez, juntamente com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (ex-Cais Pharoux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal.
Os bronzes da tirania
Já no Brasil não rouquejam;
Os monstros que o escravizavam
Já entre nós não vicejam.
(estribilho)
Da Pátria o grito
Eis que se desata
Desde o Amazonas
Até o Prata
D'antemão se preparavam;
Mil planos de proscrição
As mãos dos monstros gizavam.
Por esta razão, o hino passou a se chamar "Hino ao 7 de abril" em alusão à abdicação de Dom Pedro I.
Já a segunda letra, na época da coroação de Dom Pedro II, é de autoria desconhecida, e dizia:
Negar de Pedro as virtudes
Seu talento escurecer
É negar como é sublime
Da bela aurora, o romper.
Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino Nacional. A música vencedora, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca. Esta composição ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...") seria oficializada como Hino da Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino oficial. Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, sendo vencedor o poema de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, mais tarde oficializado pelo Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 1922 e permanece até hoje.
Muito esclarecedor, abraço ao amigo. Valdir
ResponderExcluirExcelente reportagem Ten Passos; parabéns. Aproveitando a oportunidade do aniversario do hino nacional e enriquecendo o assunto da pesquisa histórica repasso esse link que refere-se a uma curiosidade sobre a introdução do nosso hino nacional: https://www.youtube.com/watch?v=OHoJ_96C8XU
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=fKjrgiyKen0