Cada dia, na Terra, a vida se te recomeça no coração.
Cada nascer do sol é nova luz para que aí nos desfaçamos da sombra que ainda nos obscurece o espírito.
E, nos círculos da evolução em que ainda te agitas, a claridade matinal é como que o convite sempre renovado para as obras do bem.
A Infinita Bondade do Céu te apagou a lembrança temporariamente, a fim de que o esquecimento te valorize a movimentação da consciência sempre livre para escolher.
Não te detenhas em dúvidas e incertezas.
Vale-te do dia para a sementeira do bem.
Cada pessoa que te busca é alguém que regressa de longe para auxiliar-te na edificação da felicidade ou para auxiliar-te no aprimoramento interior que necessitas desenvolver.
Cada problema que te preocupa é serviço que deixaste à distância, sem solução, retornando-te à esfera de trabalho, para o aclaramento do raciocínio ou para a melhoria do coração.
Cada sofrimento é uma sombra que estendeste no passado e que volta ao presente, a fim de que a transformes em luz.
Cada aflição que te requisita a alma é o espinheiro que cultivaste no pretérito a reaproximar-se de ti, para que convertas os acúleos antigos em flores de amor para a imortalidade.
Vale-te das Bênçãos do olvido temporário e dos valores potenciais de cada dia, trabalhando em favor da própria elevação, porque, mais tarde, a memória ser-te-á restaurada no santuário interno e abençoarás a Dor e a Luta de agora por preciosos Recursos de reajuste, concórdia e sublimação.
Extraído da obra "Indulgência" de Emmanuel por Chico Xavier.
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