O eixo do esquecimento segura a barra do dia.
O gesto e o sentimento girando na ventania.
Beijos de lua clara, grão de areia no sal.
E assim meu sonho viaja a espera do ato final.
O eixo do pensamento distante do que não vejo,
carente do que não sabe descrente do que não vejo.
O medo se agarra às pedras a procura de um caminho.
O espinho não fere a rosa nem foge a ave do ninho.
O eixo tosco da vida é que move a nossa coragem
e molda o nosso destino pelo prazer da viagem.
A névoa me acaricia e move a minha canoa.
O eixo da poesia me guia, é livre e voa.
Poesia da amiga Marília Abduani - www.mariliaabduani.blogspot.com
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