Os meteorologistas até previram a tempestade em Santa Catarina. Mas o alerta sobre o tornado não foi dado porque não havia um radar meteorológico na região para informar sobre o fenômeno.
A função do radar é de detectar com precisão um evento meteorológico que vai acontecer num curto espaço de tempo. Para ser eficiente cada radar deve cobrir um raio de 250 quilômetros.
O problema é que não há radares suficientes para abranger o território brasileiro. Hoje existem 20, mas seriam necessários pelo menos 100 para uma análise eficaz.
"Não basta cada estado resolver colocar um radar. Isso tem que ser uma questão integrada. Estas informações devem ser transmitidas e abertas para todos os órgãos de meteorologia para que eles possam fazer as previsões. E essas informações precisam chegar à defesa civil", explica Luís Augusto Machado, coordenador Cpte/CINPE.
Os radares são só uma das ferramentas para auxiliar na previsão do tempo no Brasil. O serviço de meteorologia conta ainda com estações meteorológicas e principalmente, as imagens captadas pelo satélite americano Goes.
Dados como temperatura, vento e umidade são processados por um supercomputador capaz de fazer seis trilhões de cálculos por segundo.
O problema é que toda essa tecnologia pode não ser suficiente para fazer a previsão correta. No ano que vem o tempo de utilização do satélite americano vai se esgotar e ele será desativado.
A partir daí, o Brasil, para conseguir as informações que tem hoje, terá que compartilhar um outro satélite com os Estados Unidos.
“O problema é que o satélite dedicado aos Estados Unidos, quando tem uma tempestade severa lá, ele para de fornecer imagens da América do Sul e fica só no Hemisfério Norte”, explica.
O Ministério de Ciência e tecnologia informou que criou uma comissão para o estudo de políticas sobre mudanças climáticas. E que está previsto o lançamento de um edital para equipar a rede nacional de informações meteorológicas.
Fontes: Jornal Hoje - 14/9/2009 - www.revistaemergencia.com.br
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